Quem é a mãe

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o grau de incapacitação devido aos transtornos depressivos é maior do que em qualquer outra doença. Estima-se que até 2020, a depressão será a segunda causa de incapacitação no mundo. Depressão não é brincadeira, nem frescura. Ela vai e vem numa toada que nem sempre é controlável. O acompanhamento profissional se faz muito importante nessas horas.

Para McGuffin, Katz, Bebbignton, (1988), importa como interpretamos eventos em nossas vidas e não só a natureza deles. As características mais típicas dos estados depressivos podem ser os sentimentos de tristeza e vazio, mas temos que prestar atenção aos comportamentos onde os indivíduos deixam de sentir prazer em suas atividades, no geral, mostrando-se cansados e sem energia.

Dentro dos sintomas fisiológicos podemos destacar alteração do sono como: insônia ou hipersonolência, alterações no apetite e redução do interesse sexual. Nos comportamentais estão o retraimento social, crises de choro, comportamentos suicidas, retardo psicomotor ou até mesmo agitação. Podemos destacar também as funções circadianas como a regulação da temperatura e ritmo de produção de cortisol.

O deprimido tem sua capacidade de sentir prazer bastante diminuída e o que o alegrava já não mais tem o efeito prazeroso de antes. Qualquer pensamento que pareça banal aos olhos dos outros, para o deprimido torna-se verdade absoluta fazendo com tenha sensações decorrentes destes pensamentos, levando a comportamentos que prejudicam a vida social e pessoal.

Depressão não é uma identidade e sim um estado, portanto com a ajuda da Terapia Cognitivo-Comportamental o indivíduo começa perceber quais os pensamentos que fazem com que se comportem de maneiras disfuncionais. Descobrindo esses pensamentos, ele pode utilizar técnicas e em questão de minutos mudar o seu estado. A prática da técnica do relatório de pensamentos automáticos transforma-se em ferramenta diária fazendo com que o cliente torne-se o seu próprio terapeuta. Uma vez sabendo que tipo de pensamentos faz com que fique com o humor entristecido, ele mesmo pode levantar o quão real esses pensamentos são e, buscar as evidências que fazem com que acredite neles, tendo como consequências o estado depressivo. Controlando e fazendo a mudança desses pensamentos o indivíduo torna-se mais forte e com mais disposição para enfrentar o que de novo possa surgir.

Em estado de Hipnose o indivíduo recebe sugestões de mudanças, que são aceitas pelo inconsciente, promovendo a real mudança do estado deprimido para o estado de alegria. Neste processo o cliente também aprende a fazer sozinho, praticando Auto Hipnose

Utilizando-se dessas ferramentas o indivíduo consegue voltar às suas atividades diárias, ganhando disposição e bem estar para o dia a dia. E todas às vezes que sentir que precisa, basta utilizar as técnicas que são ensinadas à ele em consultório.

Lembrando que o acompanhamento médico é de extrema importância para regulação da medicação. E a terapia ajuda a entender a utilização das ferramentas expostas acima, entre outras

A busca por ajuda profissional é indispensável.

Foi apenas em 2013 que o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi regulamentado no Brasil, dois anos após o reconhecimento da união estável entre casais homoafetivos, que aconteceu em 2011. Os avanços sociais por aqui caminham de forma lenta, e apesar de notarmos algumas mudanças significativas nas últimas décadas, o Brasil permanece sendo um dos países que mais matam e discriminam pessoas LGBTQIA+ no mundo todo, de acordo com um levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2019.

Para que a transformação seja efetiva, porém, não cabe apenas a implementação de medidas e políticas afirmativas por órgãos públicos, mas também uma virada no pensamento homofóbico ainda recorrente e enraizado por parte da sociedade. Educar crianças a favor da diversidade desde cedo, dar apoio e acolhimento a adolescentes que se descobrem não-heterossexuais e, principalmente, reeducar o pensamento de adultos que cresceram em ambientes homofóbicos é essencial.

“A medida mais sólida para acabar com o preconceito, seja ele qual for, é a educação. O conhecimento e o diálogo transformam e, mais do que isso, mudam paradigmas”, diz a psicóloga cognitivo-comportamental Rosana Cibok, que reforça o fato de a questão da identidade de gênero ser algo particular e ligado à liberdade em escolher pelo nosso bem-estar e felicidade.

Um dos primeiros passos para isso é eliminar do vocabulário falas e comentários que, a princípio, parecem inofensivos, mas na verdade são, sim, homofóbicos. Assim como acontece com as famílias heteronormativas, casais homoafetivos que decidem pela paternidade ou maternidade conjunta precisam ser ouvidos e respeitados.

“Quem é a mãe?”
Apesar de sempre terem tido o apoio da família, a bancária Renata Geromel e a fisioterapeuta Larissa Geromel, casadas desde 2016 e mães dos gêmeos Giovana e João, de 2 anos e 10 meses, falam que o preconceito contra um casal LGBTQIA+, muitas vezes, é velado e naturalizado.

“O preconceito nem sempre é explícito, e com a gente chegava em forma de olhares quando passeávamos juntas por algum lugar, de mãos dadas ou abraçadas, como de costume, na época em que a Larissa estava grávida”, fala Renata.

Logo depois que as crianças nasceram, conta o casal, era bastante comum que alguém elogiasse os gêmeos e, na sequência, perguntasse “quem é a mãe?”.

“Quando isso acontece, sempre respondemos: ‘as duas, somos um casal’, e algumas vezes recebemos olhares perplexos de volta. A pergunta não tem cabimento e é ofensiva, porque quem a faz pretende validar a maternidade daquela que gerou a criança, como se ela fosse a ‘mãe de verdade'”, falam ambas.

Rosana reforça essa necessidade de que pessoas heterossexuais usem do bom senso e da empatia antes de se dirigirem a um casal homoafetivo, principalmente quando não existe uma relação de intimidade entre os envolvidos. Isso porque, conforme explica a profissional, agentes externos são os mais diversos, e acabam interferindo de uma maneira bem agressiva e discriminatória na identidade de gênero do outro. Na dúvida, não julgar e optar pelo silêncio é o melhor caminho.

Reforçar papéis de gênero, como ao perguntar para uma família formada por dois pais ‘quem é o pai e quem é a mãe das crianças’, usar da máxima ‘não tenho nada contra gays, tenho vários amigos homossexuais’, e questionar a maneira que pessoas LGBTQIA+ escolhem se vestir, reforça a especialista, no fim das contas é tão homofóbico quanto usar de um xingamento ‘padrão’.

“De quem foram os óvulos?”
Renata e Larissa sempre quiseram ser mães, e após tentarem sem sucesso a adoção, que culminou em um processo perdido e muita desinformação por parte do fórum local, decidiram recorrer à fertilização in vitro (FIV), responsável pelo nascimento dos gêmeos. Por conta disso, outro comentário recorrente na vida das duas é o questionamento sobre de quem foram os óvulos usados para a FIV, como se isso também validasse a maternidade de cada uma delas.

“Essa também é uma pergunta frequentemente direcionada a casais de lésbicas, no mesmo objetivo de saber quem é a ‘mãe de verdade’. A questão é que muitos casais heterossexuais, seja por problemas genéticos ou de saúde, não podem usar os próprios óvulos ou sêmen, recorrendo ao banco de doadores, mas ninguém pergunta para um casal hétero que faz tratamento de fertilidade de quem eram os óvulos ou o sêmen”, desabafam. Para completar, há quem, ao ouvir a história das duas, fale sobre o doador de sêmen como “pai da criança”, o que é igualmente desrespeitoso e ofensivo.

“Família é pai e mãe, e não mãe e mãe”
Outra situação que pode acontecer, conforme aponta Rosana, é quando a criança que é filha de um casal homoafetivo sofre preconceito dentro do ambiente escolar, por parte de colegas ou até de outros pais de alunos. Nesse caso, ou seja, se o pequeno relatar à família que vem sendo vítima de comentários homofóbicos, o melhor a fazer é recorrer à direção da escola, de forma honesta e pedindo por mudanças, e promover à criança respaldo psicológico e apoio familiar.

“Na minha opinião, as escolas deveriam ter um estatuto que prevê o acolhimento de casais homoafetivos, pois enquanto não se tem esse entendimento completo da questão por parte da sociedade, algumas medidas são necessárias. Entendemos que para muita gente esse assunto ainda é tabu, mas ele pode ser quebrado ainda na educação básica, seja por meio de reuniões com os pais e o corpo docente, a fim de maior interação, ou recorrendo às técnicas da psicoeducação”, sugere ela.

“Nome do pai?”
Além das ofensas que chegam por meio de comentários homofóbicos, o preconceito sofrido por uma família LGBTQIA+ também pode ser notado graças a um despreparo de algumas instituições na hora de lidarem com a diversidade sexual. Aqui, a homofobia é reconhecida nos detalhes.

Larissa e Renata contam, por exemplo, que mesmo tendo escolhido um bom hospital para o nascimento dos gêmeos, as duas notaram que o ambiente em si não possuía alguns recursos necessários na hora de acolher um casal formado por duas mulheres.

“Em todos os formulários do hospital constava ‘nome do pai e nome da mãe’. Além disso, a Renata não pôde amamentar os filhos, embora estivesse em tratamento para a produção de leite (foi Larissa quem gestou as crianças), porque o hospital alegava que ela não era a genitora, embora também fosse mãe. Ela já tinha todos os exames em mãos, feitos uma semana antes em laboratório, mas precisou refazer todos eles no hospital e, só dois dias depois, a autorizaram a amamentar”, declaram.

Para elas, é urgente, ainda, que a dupla maternidade ou paternidade seja reconhecida por órgãos públicos e privados, inclusive resolvendo essa questão dos nomes dos responsáveis pelas crianças. Essas atitudes, na opinião das duas, mostram que o conceito de família é diverso, mutável e não deve permitir um único padrão.

Acolhimento familiar e apoio
Rosana aponta, por fim, que o acolhimento da população LGBTQIA+ dentro do próprio núcleo familiar faz toda a diferença para que casais homoafetivos também sigam em frente na decisão de formarem suas próprias famílias. É um efeito dominó: se a família não banaliza o assunto, fala sobre ele, entende e aceita a orientação sexual de cada um de seus membros, qualquer escolha que resulte disso também acaba virando algo aceito e acolhido sem grandes esforços.

Já se o preconceito é notado dentro de casa, mas sem abertura para o diálogo, o melhor é que o casal busque

apoio psicológico
, em benefício próprio e, consequentemente, da criança. Grupos frequentados por outros casais homoafetivos em situação semelhante, organizações não-governamentais, projetos que trabalhem em prol da comunidade LGBTQIA+ e até comunidades virtuais voltadas para famílias formadas por dois pais ou duas mães também podem ajudar bastante.

 

Depressão pode ser a segunda causa de incapacitação até 2020

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o grau de incapacitação devido aos transtornos depressivos é maior do que em qualquer outra doença. Estima-se que até 2020, a depressão será a segunda causa de incapacitação no mundo. Depressão não é brincadeira, nem frescura. Ela vai e vem numa toada que nem sempre é controlável. O acompanhamento profissional se faz muito importante nessas horas.

Para McGuffin, Katz, Bebbignton, (1988), importa como interpretamos eventos em nossas vidas e não só a natureza deles. As características mais típicas dos estados depressivos podem ser os sentimentos de tristeza e vazio, mas temos que prestar atenção aos comportamentos onde os indivíduos deixam de sentir prazer em suas atividades, no geral, mostrando-se cansados e sem energia.

Dentro dos sintomas fisiológicos podemos destacar alteração do sono como: insônia ou hipersonolência, alterações no apetite e redução do interesse sexual. Nos comportamentais estão o retraimento social, crises de choro, comportamentos suicidas, retardo psicomotor ou até mesmo agitação. Podemos destacar também as funções circadianas como a regulação da temperatura e ritmo de produção de cortisol.

O deprimido tem sua capacidade de sentir prazer bastante diminuída e o que o alegrava já não mais tem o efeito prazeroso de antes. Qualquer pensamento que pareça banal aos olhos dos outros, para o deprimido torna-se verdade absoluta fazendo com tenha sensações decorrentes destes pensamentos, levando a comportamentos que prejudicam a vida social e pessoal.

Depressão não é uma identidade e sim um estado, portanto com a ajuda da Terapia Cognitivo-Comportamental o indivíduo começa perceber quais os pensamentos que fazem com que se comportem de maneiras disfuncionais. Descobrindo esses pensamentos, ele pode utilizar técnicas e em questão de minutos mudar o seu estado. A prática da técnica do relatório de pensamentos automáticos transforma-se em ferramenta diária fazendo com que o cliente torne-se o seu próprio terapeuta. Uma vez sabendo que tipo de pensamentos faz com que fique com o humor entristecido, ele mesmo pode levantar o quão real esses pensamentos são e, buscar as evidências que fazem com que acredite neles, tendo como consequências o estado depressivo. Controlando e fazendo a mudança desses pensamentos o indivíduo torna-se mais forte e com mais disposição para enfrentar o que de novo possa surgir.

Em estado de Hipnose o indivíduo recebe sugestões de mudanças, que são aceitas pelo inconsciente, promovendo a real mudança do estado deprimido para o estado de alegria. Neste processo o cliente também aprende a fazer sozinho, praticando Auto Hipnose

Utilizando-se dessas ferramentas o indivíduo consegue voltar às suas atividades diárias, ganhando disposição e bem estar para o dia a dia. E todas às vezes que sentir que precisa, basta utilizar as técnicas que são ensinadas à ele em consultório.

Lembrando que o acompanhamento médico é de extrema importância para regulação da medicação. E a terapia ajuda a entender a utilização das ferramentas expostas acima, entre outras

A busca por ajuda profissional é indispensável.

Confira as diferenças entre depressão, fobia e neurose

Neste período de pandemia em virtude da Covid-19, notou-se um aumento de números em casos de pessoas com doenças de cunho psicológico, como depressão, fobia e neurose. De acordo com um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Síndrome do Pânico é um agravante que assola cerca de 2 a 4% da população mundial. Por conta deste fenômeno, inúmeras obras audiovisuais abordam esses temas, como o curta-metragem “Pináculo”, estrelado por Andriu Freitas, que foi indicado à premiação de dois festivais internacionais: Independent Shorts Awards (EUA) e High Tatras Film & Video Festival (Eslováquia). Confira o filme na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=twAf-rLBsgw&ab_channel=AndriuFreitas

De acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), depressão, fobia e neurose estão caracterizadas como transtornos psiquiátricos, sendo que um pode vir como queixa principal, enquanto os outros podem surgir como comorbidades ou reações dentro das síndromes. Segundo a psicóloga cognitivo-comportamental, Rosana Cibok, a característica da depressão está relacionada à autodepreciação. “O indivíduo seleciona apenas fatos de sua vida que sejam congruentes com seu humor negativo, referindo-se a eles de forma absoluta”, explica a psicóloga.

Enquanto a depressão reforça os aspectos negativos que se configuram nos sentimentos de profunda tristeza, angústia, falta de prazer, desesperança e ideação suicida, a fobia está atrelada a um quadro de ansiedade, que representa um medo irracional diante de um agente fóbico. “Muitos indivíduos convivem com suas fobias, desenvolvendo estratégias de evitação que não os colocam frente a frente com o agente fóbico. Essas estratégias, por vezes, levam o indivíduo à inatividade e ao isolamento social, que podem culminar com os sintomas da depressão, mostrando aqui uma comorbidade”, define Rosana.

Já quando se trata de neurose, a psicóloga afirma que este é um transtorno de afetividade, em que se experimenta sentimentos e reações incontroláveis diante das situações mais comuns. “Uma pessoa com neurose percebe a realidade como todo mundo, mas faz julgamentos distorcidos desta realidade”. Também existe a classificação de neurose fóbica, em que o indivíduo sente intenso medo de uma situação ou objeto que ele sabe que não representa perigo. “Ele externa suas angústias através das fobias, transformando esta ação em uma obsessão, levando ao isolamento social e até a depressão”, esclarece a especialista.

Apesar das doenças psicológicas estarem presentes na humanidade há muito tempo, fatores como a pandemia de Covid-19 servem como agravante para quadros que até então eram leves ou despertam o sintoma naqueles que ainda não o tinham. Segundo a psicóloga, indivíduos com quadro de depressão podem estar propensos a fazer julgamentos distorcidos, sem conseguir criar estratégias para combater a doença. “O medo pode se transformar em fobia, pois a distorção da realidade com o isolamento social, o medo de contrair o vírus, de perder o emprego, da privação, acentuam o percentual de casos”, afirma Rosana.

Como alternativa para que se possa evitar agravamento de quadros envolvendo doenças psicológicas durante a pandemia, a psicóloga conta que costuma orientar seus clientes a fazer um filtro de consumo relacionado às informações diárias. “Quando temos uma teoria, buscamos fatos que as confirmem. Portanto, se você pensa que vai morrer diante do quadro mundial que se apresenta, acaba indo atrás de informações que comprovem isto, levando a quadros ansiogênicos”.

Segundo Rosana, cada pessoa tem um funcionamento psíquico, mas existem medidas que funcionam de maneira geral. “Fazer meditação, relaxamento, assistir a comédias, ler bons livros, focar na atenção no trabalho, na família, enfim, tirar o foco do problema. Eles costumam ser maiores de acordo com a importância que damos a eles”. Rosana ressalta que esta orientação não se trata da prática de alienação, mas é viável que o consumo de informações seja ponderado, que a fonte seja séria e comprometida com a ciência.

Problemas psicológicos retratados no audiovisual

De acordo com a psicóloga, as produções audiovisuais de um modo geral buscam acender uma luz em relação às doenças, assim como o cinema que trabalha com ficção, criando cenários lúdicos para a informação. “São essenciais para a propagação do conhecimento das doenças psicológicas, diminuem o tabu, aproximando as pessoas de situações que possam estar sendo vivenciadas dentro da própria casa e, por vezes, passam despercebidas. Eu não consigo me lembrar de nenhum filme ou série que tenha levado a informação de forma leviana, ao contrário, gera mais curiosidade pela busca de mais informação”, explica Rosana.

Ao longo da história, a psicóloga conta que este é um tabu que vem se desmistificando, visto que na Idade Média, as doenças mentais eram consideradas punições divinas. Ainda há um número de pessoas que tiram suas próprias vidas por ignorarem que estejam doentes, situação que poderia ser tratada caso houvesse ajuda profissional. “Boa parte dos indivíduos afetados não têm confiança para falarem abertamente de suas questões, o que torna os problemas mais graves. Estas doenças trabalham de forma silenciosa e quando o indivíduo resolve conversar e contar o que sente, em sua maioria, os casos já estão associados à outras, levando às comorbidades”, finaliza

Benefício da convivência com pets no ambiente de trabalho

Os benefícios da convivência com pets em ambiente de trabalho

Levar seu pet para o trabalho é uma cultura vinda de empresas internacionais.
A Google, por exemplo, adotou essa prática e hoje se considera
uma empresa dog-friendly.

Além de cachorros também são aceitos gatos, pássaros, entre outros animais domésticos. O que essa atitude pode mudar em nossas vidas que são permeadas de atribuições e compromissos que nos geram estresse, confl itos internos e também interpessoais?

Quando temos um animal de estimação criamos uma relação de cumplicidade, pois ao mesmo tempo que ele depende de nós para sobreviver, passamos a depender deles pelo que nos proporcionam. Ou seja, a responsabilidade que adquirimos em busca de seus cuidados podem nos fazer mais atentos
às responsabilidades gerais. A interação que eles nos proporcionam em relação ao mundo também nos permite ver e viver em sociedade de forma mais leve e descontraída.

Colocando estas questões na vida corporativa, os animais podem proporcionar maior criatividade, trazendo segurança ao
seu dono e também aos colegas de trabalho para a elaboração dos projetos e desafi os diários.

Eles podem criar um ambiente seguro e acolhedor fazendo com que esta produtividade aumente, gerando motivação.
Com isto, cria satisfação nas tarefas que por vezes podem ser maçantes, pelo fato de serem feitas de forma automática, como por exemplo um trabalho rotineiro. Sem contar que nossos pets nos trazem alegria, sensação de bem estar e conforto. Isso causa a diminuição da produção de cortisol que está ligada ao estresse, fazendo com que a frequência cardíaca diminua e nos sintamos mais relaxados para o desempenho de nossas funções.

Na TCC – Terapia Cognitivo- -Comportamental, falamos na Tríade Cognitiva = Pensamento gera Sentimento que gera Comportamento, portanto, se temos ao nosso lado uma companhia que nos gera bons pensamentos, a tendência é que nossos comportamentos sejam mais funcionais. Desta forma, o sentimento que nossos pets nos geram e geram nas pessoas podem ser transponíveis para a produtividade no trabalho, bem como para a melhora nas
relações interpessoais.

Os animais de estimação são carinhosos de forma pura e sincera e o nosso cérebro é capaz de reconhecer um gesto sincero, por isso, os benefícios
dessa convivência é muito positivo.

Trabalho Infantil

O número de crianças em situação de trabalho infantil subiu para 160 milhões em todo o mundo
Dados globais que indicam que 112 milhões de crianças estão trabalhando no setor agrícola, e 31,4 milhões trabalham no setor de serviços

O dia 12 de junho, conhecido como ‘Dia dos namorados’, é também o dia mundial de “combate ao trabalho infantil’’. Idealizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2012. No Brasil, este dia foi instituído pela Lei 11.542/2007, com o intuito de dar maior ênfase à temática, além de conceder a criação de um novo pacto social, altamente favorável à defesa e garantia dos direitos da criança e do adolescente.

O número de crianças em situação de trabalho infantil subiu para 160 milhões em todo o mundo – um aumento de 8,4 milhões nos últimos quatro anos – e milhões de crianças estão em risco devido aos efeitos da covid-19, de acordo com um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do UNICEF. Segundo números apresentados no relatório, hoje há 160 milhões de crianças trabalhando, sendo este o primeiro aumento em duas décadas.

Também se apresentam dados globais que indicam que 112 milhões de crianças estão trabalhando no setor agrícola, e 31,4 milhões trabalham no setor de serviços, sendo mais prevalente na área rural do que urbana.

Segundo o site Criança livre de trabalho infantil, trabalho infantil é toda forma de ocupação realizado por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima permitida, conforme a legislação de cada país. No Brasil, o trabalho é proibido para quem ainda não completou 16 anos, como regra geral. Quando realizado na condição de aprendiz, é permitido a partir dos 14 anos. Se for trabalho noturno, perigoso, insalubre ou atividades da lista TIP (piores formas de trabalho infantil), a proibição se estende aos 18 anos incompletos. Em alguns países a idade mínima para o trabalho não é regulamentada ou é muito baixa, o que acaba configurando uma violação aos direitos humanos.

O Advogado Cássio Faeddo, esclarece:

“No Brasil o trabalho infantil ocorre com o trabalho (assalariado ou não) de menores de 16 anos. Porém, na condição de aprendiz, o jovem pode trabalhar sob supervisão desde os 14 anos. Nesse último caso, normalmente, ocorre em situação complementar aos cursos profissionalizantes. O trabalho de crianças e jovens só é considerado crime se houver maus tratos ou exploração sexual, por exemplo. Não há crime na legislação penal quanto ao trabalho infantil. O tema é polêmico. Há famílias em tamanha vulnerabilidade e com crianças trabalhando, sendo caso de assistência social e não de punição”.

Trabalho escravo infantil

O trabalho escravo ou trabalho análogo à escravidão contemporâneo, fere os direitos humanos, segundo o Artigo 149 da Lei n° 2.848. Quando se trata de crianças, isso priva as mesmas de direitos comuns com estudar e brincar e acaba impondo uma carga ainda maior, ou seja, acaba sobrecarregando o menor com uma responsabilidade que não lhe caberia, se tornando desproporcional para essa fase. Podendo afetar sua saúde física, psicológica e sua segurança.

Segundo informações divulgadas pelo FNPETI (Fórum nacional de prevenção e erradicação do trabalho infantil) entre 2007 e 2019, no Brasil, 279 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos morreram e 27.924 sofreram acidentes graves enquanto trabalhavam. No mesmo período, 46.507 meninos e meninas tiveram algum tipo de agravo de saúde em função do trabalho. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde que expõem o quanto o trabalho precoce é nocivo ao desenvolvimento integral, à saúde e se opõe ao direito à vida.

“O trabalho infantil é prejudicial ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e social de crianças e adolescentes. Primeiro porque os afasta da escola, afetando a educação adequada, o que faz as crianças e adolescentes julgarem a escola como uma instituição que não contribui para o seu futuro, já que nas ruas, em seus trabalhos informais, conseguem um reforço econômico positivo. Este fato apenas reproduz o círculo de miséria em que transforma uma categoria de adultos mal remunerados pela falta de qualificação na base. Entre as mazelas, estas crianças amadurecem precocemente, deixando de brincar, praticar esportes e estudar o que levam a uma vida adulta sem o aprendizado para o mercado de trabalho. As jornadas de trabalho costumam ser abusivas e com remuneração muito baixa, em condições de risco muito alto e em diversos casos sob situação de semi-escravidão. Dependendo do trabalho, além do déficit cognitivo e intelectual, as crianças podem desenvolver problemas de coordenação motora, desalinhamento da produção dos hormônios necessários para o crescimento, intolerância alimentar, distúrbios do sono, enfraquecimento de memória, entre outros”. – Explica a Psicóloga Rosana Cibok

O trabalho infantil leva a sequelas irreversíveis, pois pode prejudicar o desenvolvimento de suas potencialidades, afetando tanto a saúde física como psíquica, além de restringir o convívio familiar e social, o que pode afetar ainda mais o desenvolvimento psíquico dos pequenos, que irão se manifestar na vida adulta. Ou seja, o trabalho infantil é danoso a curto e longo prazo.

 Em uma matéria produzida pelo site Repórter Brasil, uma megaoperação de fiscalização realizada nos dias 21 e 22 de janeiro do ano de 2014 nos municípios paulistas de Piracaia, Joanópolis e Pedra Bela encontrou 34 pessoas trabalhando em condições análogas à escravidão em carvoarias locais. Além disso, três dos doze estabelecimentos fiscalizados utilizavam trabalho infantil – sete crianças e adolescentes foram afastados do trabalho. Através de um decreto presidencial de 2008, o trabalho em carvoaria está incluído na lista das piores formas de trabalho infantil, sendo vedado para qualquer pessoa que tenha menos de dezoito anos.

 Piores formas de trabalho infantil

 São caracterizados por comprometer a saúde, segurança e dignidade da criança e do adolescente. O Decreto Presidencial 6.481/2008 listas as piores formas de trabalho infantil, com os riscos ocupacionais e prováveis repercussões à saúde.

 Dentre os piores tipos estão: operação de máquinas (agrícolas, tratores, esmeris e quando motorizados e em movimentos), processo produtivo de fumo (cana de açúcar e abacaxi), cuidar de crianças ou pessoas idosas.

A Psicóloga Bruna Richter, aponta:

“Os modos mais frequentes de recrutamento de crianças e adolescentes para execução de trabalhos forçados compreendem: o trabalho doméstico, o trabalho na indústria, na zona rural, nas ruas e, a mais perversa das práticas, a exploração sexual. É comum que muitas dessas formas de exploração deixem marcas profundas que acompanharão o sujeito durante toda a sua história. Ao serem aliciados, escravizados e até torturados não é raro que o autoconceito e a autoestima dos menores seja esvaziada, fazendo com que eles se sujeitem com maior facilidade e sem resistência frente ao outro”.

 Sobre a exploração sexual e o abuso infantil, a Doutora Bruna acredita ser uma das formas mais cruéis e perigosa de trabalho infantil. “Ela pode representar riscos não apenas à saúde, mas ao desenvolvimento moral de crianças e adolescentes e ordinariamente resulta em marcas irreversíveis. É imprescindível enfatizar que quando o adulto se apropria da autoridade, do conhecimento ou do poder para induzir ou aliciar menores, no intuito de satisfazer seus próprios desejos, ainda que não seja através da violência física é algo extremamente abusivo e criminoso. Suas consequências deixam marcas profundas, tanto físicas como emocionais, em suas vítimas”.

Retirada de mamas não é complexa e muda a vida de homens trans, diz cirurgião

Saiba o que é mastectomia masculinizadora e o que ela significa para homens trans
O artista Ian Pooka, 29, optou por fazer a mastectomia masculinizadora aos 27 anos. O procedimento consiste na retirada das mamas, bem como glândulas, gorduras e peles, para que peitoral se adeque ao tórax masculino. Para ele, a escolha já era algo pensado desde quando tinha começado a transição hormonal.

O cirurgião plástico Alexandre Kataoka, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, já fez em torno de 50 procedimentos como esse nos últimos cinco anos. Ele explica que é uma alternativa para homens trans que querem se sentir mais confortáveis e em conformidade com sua identidade de gênero. “As vidas desses homens mudam muito depois da cirurgia. Eles ganham autoestima e aceitação social”, diz Kataoka.

“Um homem trans busca o reconhecimento de sua identidade, pois sente-se desconectado do seu corpo, da sua mente e de suas sensações. A cirurgia traz a reconstrução disso e o recoloca dentro de sua personalização”, explica a psicóloga Rosana Cibok, especialista em Psicologia Cognitivo-comportamental.

O médico explica que o procedimento é considerado de pequeno a médio porte e, na maioria dos casos, o paciente pode ser liberado no mesmo dia. Mesmo assim, preocupa tanto pessoas que estão pensando em realizar a cirurgia como familiares. “A minha mãe ficou preocupada. Não por ser uma mastectomia, mas porque é uma cirurgia. Eu tive que lidar com os ânimos da família e dos amigos que estavam mais apavorados do que eu”, afirma Pooka.

Abolição da escravatura no Brasil

Nesta quinta-feira (13), completam-se 133 anos desde que a Lei Áurea foi instituída no Brasil, pelo decreto imperial N° 3.353. Mesmo depois de quase um século e meio, a mentalidade preconceituosa e o racismo estrutural ainda estão presentes na sociedade brasileira e no mundo. De acordo com especialistas, existem fatores sociais e psicológicos que contribuem para que isso ainda seja recorrente.

O doutor em Ciências Sociais, César Bueno de Lima, conta que a raiz do preconceito no Brasil surge com o processo de colonização dos portugueses no país. Foi imposta uma concepção de supremacia de homem branco, superior às demais raças. “É parte da constituição histórica do país e persiste ainda hoje. A abolição da escravatura foi um processo que se  deu apenas do ponto de vista jurídico, uma vez que as condições econômicas, sociais e educacionais para garantia do exercício de cidadania do homem e da mulher negra não foram garantidas pelo Estado”, explica Lima.

De acordo com Christiane Shoihi Sato, mestre e doutoranda em Serviço Social e coordenadora do curso de Serviço Social da UNG, esses fatores implicam na dívida social que o Brasil tem com a população negra. Para ela,  as cotas raciais servem como medida emergencial para sanar essa desigualdade na estrutura socioeconômica entre brancos e negros no país, presentes em inúmeros setores sociais do país, desde as igrejas, até as escolas e universidades.

Apesar do cenário de preconceito, Christiane afirma que houve avanço na discussão dos direitos da população negra, mas é preciso avançar ainda mais. “O sistema penitenciário é composto por mais de 80% de mulheres e homens negros. A tratativa da Polícia com os meninos classe média branca é totalmente diferente do trato dos meninos periféricos. Nossa população carcerária tem cor, os meninos que morrem nas favelas têm cor. Isso é racismo estrutural”, define.

Mesmo que os conceitos e princípios do racismo estejam implantados em determinada região, César Bueno de Lima explica que biologicamente nenhuma pessoa nasce com mentalidade preconceituosa, seja ela relacionada à cor, raça ou etnia. “O preconceito é uma construção social, que ocorre na infância. A família é uma instituição social, e pode impor valores e crenças preconceituosas no processo de socialização da criança, e se estender ao longo da vida”.

Já sobre aspectos relacionados ao processo de construção preconceituosa no âmbito da psique, existem elementos cognitivos, afetivos e comportamentais que podem corroborar para tal, segundo a psicóloga Rosana Cibok. “Temos o poder de classificar e estereotipar [as coisas] de acordo com as nossas crenças. Por sua vez, essas crenças estão arraigadas em nossas mentes e são criadas a partir do que vimos e ouvimos desde a nossa infância”, explica Cibok.

Ela lembra que é possível uma pessoa crescer sem a consciência do que é preconceito, e assim “corre-se o risco de ser preconceituoso sem ao menos saber que é”, diz ela.  A psicóloga ressalta que os pais servem como modelo para a criança nesta fase de construção de personalidade e criação de valores. “As falas dos pais são carregadas de intensidade de emoção, seja ela positiva ou negativa, o que pode estabelecer a intensidade de reação causada no outro”.

Como forma de desconstrução de preconceito em situações que a pessoa chega à vida adulta e ainda está com esses ideais fixados, a psicóloga aponta que pode ser tomado o caminho inverso: crianças podem ser as protagonistas de um processo de recriação de valores. “O adulto tem crenças enraizadas que poderão ser quebradas com o conhecimento e as atitudes das crianças”. Rosana explica ainda que mesmo que  preconceito tenha sido instaurado historicamente e passado de geração em geração, a escola tem papel  fundamental no esclarecimento e entendimento da história dos negros no mundo e o dever de promover a igualdade. A criança não será preconceituosa se tiver acesso à informação sem pré-julgamentos.

A arte também pode servir como um instrumento de educação, pois constitui  uma ferramenta que pode ser usada nesta causa e está à disposição da sociedade. Rosana lembra  que o cinema mostra sua força “nesta luta” contra o preconceito racial, social, cultural, uma vez que a arte em si tende a unir as pessoas de forma igualitária, sem fazer distinção. “Educação e diálogo. Temos que reescrever a história de forma clara e mostrar caminhos para que as crianças criem seus valores, multiplicando o conceito de que não existem raças e sim uma única raça: a humana”, lembra ela.

Fim do racismo. É possível?

De acordo com o doutor em Ciências sociais, sim, mas leva tempo. “Uma sociedade livre e sem preconceito é um processo sócio-histórico. Está condicionado à capacidade de organização e luta dos grupos sociais historicamente marginalizados”. Como forma de reverter este cenário, Lima completa dizendo que a conquista e materialização de direitos individuais e coletivos pode reverter o preconceito e a desigualdade vigente no Brasil.

Este processo demanda tempo para acontecer porque depende da capacidade de luta, reivindicação e efetivação de direitos das classes afetadas. “Um processo educacional comprometido com a desconstrução do preconceito e reconhecimento da diversidade, que caracteriza a formação da sociedade brasileira, é um caminho indispensável para uma convivência mais livre, democrática e igualitária”, finaliza.

Rosana Cibok

Comunicadora Social formada pela Universidade São Judas (SP) | Pós-Graduação e MBA em Gestão pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) | Psicóloga (CRP 06/141653) | Hipnoterapeuta com certificação nacional e internacional | Practitioner e Master Practitioner, certificada pela The Society of NLP e Coach.

Como ajudar seu filho arrasar no vestibular

O apoio da família é fundamental para que o jovem passe pelo vestibular sem traumas.

Vestibular. Essa palavra vem assombrando seu filho ou sua filha? E também, claro, impacta toda a família, afinal, todos acabam envolvidos, de uma maneira ou outra.

É um período que costuma trazer algumas tensões e preocupações: qual curso fazer? Em qual instituição?

Gravitando ao redor dessas escolhas entram a preocupação com bolsa de estudo ou financiamento, mudança de cidade, o desempenho no ENEM e no próprio ensino médio. Ufa!!!

São muitas questões que desencadeiam a autocobrança do aluno e a dificuldade de ter um ambiente tranquilo para estudo. Some a isso a cobrança dos pais, aí é uma bomba relógio prestes a explodir.

Ficou apreensiva? Calma, nós do Maternidade Moderna consultamos especialistas e vamos ajudar você e a sua família a passar pelo processo.

Trajetória necessária

Conceitualmente, o aluno está sendo preparado para o vestibular ao longo de seu percurso na Educação Básica. Porém, as ações e atividades direcionadas para o ingresso na universidade devem começar mesmo no 1º ano do Ensino Médio.

“A antecipação desse direcionamento não é recomendável, uma vez que um adolescente de 13 anos ou menos ainda carece de recursos bio-psicológicos para responder satisfatoriamente a muitas das demandas cognitivas pertinentes ao preparo para os vestibulares”, explica Áurea Bazzi, coordenadora pedagógica do Ensino Médio, do Colégio Albert Sabin.

O preparo é uma construção que leva tempo e tem etapas. Quando o vestibulando se dá conta dessa trajetória e a percorre no tempo normal, a ansiedade e nervosismo baixam. “Muitas vezes o aluno se depara com um déficit em determinado conhecimento, mas outras vezes ele supõe que não sabe e fica com a sensação de menos-valia. É preciso reconhecer onde precisa melhorar e também reconhecer os pontos fortes”, ressalta o psicólogo Rodrigo Casemiro.

Pausa necessária

Uma etapa importante é o descanso, para o cérebro organizar as informações e conseguir assimilá-las. O vestibulando pode buscar esportes, viagens, passeios, jogos, atividades culturais. O descanso deve constar no cronograma de estudos.

“Praticar atividade física após os estudo é ótima estratégia para consolidar o aprendizado devido ao aumento da circulação sanguínea cerebral e ao aumento das catecolaminas, que são essenciais para a memória”, ressalta Rosana Cibok, psicóloga e integrante da equipe do Prof. Rogério Castilho.

Outro ponto importante é cuidar da qualidade do sono para diminuir o grau de irritabilidade causada pelo cansaço. Além de fazer uma alimentação de qualidade para que o cérebro não desperdice energia. Tomar muita água para estimular a comunicação entre os neurônios também é importante.

Frustração

Quando o vestibulando não consegue atingir o seu objetivo vem a frustração. Mas não se preocupe, além de normal, o sentimento é fundamental e necessário.

Vivemos numa época altamente competitiva, na qual os resultados muitas vezes são avaliados apenas pelos números.

“Dessa forma somos estimulados a evitar a frustração a todo custo, mas uma reprovação ou nota baixa trazem mais que aprendizado: trazem a experiência”, diz o psicólogo psicólogo Rodrigo Casemiro.

A oportunidade de lidar com a frustração ajuda a trabalhar a persistência, reconhecer a falibilidade, vivenciar a resiliência, correções de rota, autoestima e autoconfiança. É desta forma que as características de liderança e empreendedorismo são lapidadas.

O que alguns acreditam ser um mau resultado, na realidade é a oportunidade de um trabalho interno, psicológico, de amadurecimento e construção de sabedoria.

“Noto em alguns casos que esse momento costuma ser de balanço sobre a própria escolha. Pode acontecer um repensar sobre a própria vocação, já que em alguns casos, a escolha por uma profissão se dá cedo demais, sem saber muito sobre ela, e esse período pode servir para aprofundar a pesquisa sobre o curso e sobre a própria vocação”, completa Casemiro.

Dicas preciosas

O Maternidade Moderna pediu várias dicas para especialistas. São ações e atitudes que podem fazer a diferença na hora do estudo.

A primeira e mais importante dica: a preparação requer antecedência e cronograma de estudos, para não causar estafa mental e o famoso “branco” na hora da prova. Ou seja, de nada adianta começar a estudar alguns meses antes das provas.

Durante os estudos o ideal é fazer pequenas pausas de 50 em 50 minutos, seja para ir ao banheiro, tomar água, um suco ou apenas para movimentar-se. As pausas fazem aumentar a concentração, com isso o rendimento e a assimilação melhoram.

Foco e produtividade

De acordo com o professor e Learning Coach Gilberto Augusto, fundador da plataforma Aprovação 360º, para conquistar um bom resultado no vestibular é necessário comprometimento e foco para conseguir aumentar a produtividade e diminuir a procrastinação. “A jornada rumo a aprovação em uma Universidade não pode ser vista como uma corrida de 100 metros, mas sim uma maratona de 50 km”, afirma Gilberto.

A maior dificuldade é quebrar a inércia comportamental, que nada mais é do que a repetição dos mesmos comportamentos que nosso cérebro já está habitualmente acostumado a fazer.

Se o aluno sempre estudou errado, nunca fez resumos, nunca os revisou, nunca fez uma quantidade fixa de exercícios, a tendência é que ele continue sem fazer. “No entanto, é possível mudar este mindset e construir um novo hábito de estudos. Para isso, existem muitas técnicas que podem e devem ser usadas para auxiliar este estudante durante este processo”, afirma o professor.

Mas como adquirir novos hábitos?

O primeiro passo para reprogramar o cérebro é identificar os indicadores chaves de performance (KPIs) em relação aos estudos: Quanto? Quando? Onde? Por onde? O quê? Como? E o mais importante deles: Por que?

Por meio do ‘por que?’ é possível entender qual é o propósito inabalável daquele estudante.

O jovem precisa ser forte para que ele não tenha tendência de trocar o plano A pelo plano B, ou seja, o caminho mais fácil. “Outro ponto fundamental é ter em mente: ‘Qual é o meu sonho?’, ‘Qual o significado dele?’ e ‘Qual o preço que estou disposto a pagar para alcançá-lo?’”, pontua Gilberto.

Confira dicas para o sucesso nos estudos:

Conheça o manual do vestibular e o conteúdo programático das disciplinas

Todos os grandes vestibulares e o ENEM divulgam com antecedência o seu manual e os conteúdos programáticos. É fundamental que o estudante conheça o que será cobrado na prova.

Defina uma meta diária

É preciso definir quantas horas por dia irá estudar, quais tarefas fará, materiais e métodos que serão usados para cumprir o programado. Mas não vá com muita sede ao pote: se o aluno não tem o hábito de estudar, não adianta fazer um planejamento de 8 horas para o primeiro dia. Ele não conseguirá cumprir e se frustrará. É preciso fazer a construção de um hábito, o que envolve um certo período de adaptação.

Organização

A organização dos estudos deve ter como premissa uma rotina diária de todas as disciplinas. Acorde já sabendo o que vai fazer. Isso aumenta a produtividade e o compromisso. Também diminui a procrastinação.

Local de estudo

O local de estudo deve ser um lugar tranquilo e aconchegante. TV, computador e o celular ligados retiram a concentração necessária para que o estudante possa absorver o conteúdo de forma integral durante os estudos.

Reserve um dia para ir para uma biblioteca ou centro de estudos, onde existam pessoas estudando. O ambiente vai influenciar a sua disciplina

Leitura das Obras Literárias

A leitura integral das obras literárias acompanhadas de comentários faz com que o estudante tenha realmente um conhecimento daquele livro. “Atualmente a existência de livros resumos dessas obras acabam por criar um verdadeiro Frankenstein, ou seja, a compreensão das obras acaba se tornando fragmentada. Fuja desses resumos”, recomenda Alexandre Claro Mendes, coordenador dos cursos de História e Ciências Sociais do Centro Universitário FMU.

Intensificar os estudos nos últimos meses

Mais uma dica é intensificar os estudos nos últimos meses. Se o jovem estudava, por exemplo, cinco horas por dia, a sugestão é intensificar para sete, oito horas, ou até mais.

O momento de reta final é de absoluta concentração.

Uma dica é estudar três assuntos com muita ênfase: produção textual, redação, matemática, linguagens, códigos e suas tecnologias. Em regra, essas provas são as que mais têm peso. “Agora, é preciso atentar-se ao que para o seu curso vale mais. No caso da medicina, por exemplo, em algumas instituições ciências da natureza tem mais peso”, explica o professor de Língua Portuguesa Carlos André, autor dos livros “A nova ortografia da língua portuguesa” e “Na ponta da língua”, Fundador do Instituto Carlos André.

Manter-se atualizado

Nos principais vestibulares do país é muito comum a presença de questões de atualidades seja na área de geografia, história ou no tema da redação, sendo assim, o estudante deve estar preparado para esse tipo de pergunta realizando a leitura de jornais, revistas etc.

Use o melhor da internet

O uso da internet pode ser de grande utilidade para o estudante que está em fase de prestar vestibular. Na rede é possível assistir documentários, filmes e vídeo aulas, além de realizar simulados, conversar com outros alunos, por exemplo.

A internet é uma importante ferramenta de estudos, mas é preciso disciplina: o aluno não pode ser seduzido pelas redes sociais ou por assuntos que não seriam importantes nesse momento.

Saiba quais são os desafios da sua jornada e defina recompensas

O cérebro ama ter desafios, mas gosta também de uma recompensa. Então, se o desafio é estudar todos os dias, defina qual será a sua recompensa ao cumprir aquela meta diária. Pode ser encontrar alguém, assistir uma série que gosta por 30 minutos, sair para jantar, ir para a academia.

Rosana Cibok

Comunicadora Social formada pela Universidade São Judas (SP) | Pós-Graduação e MBA em Gestão pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) | Psicóloga (CRP 06/141653) | Hipnoterapeuta com certificação nacional e internacional | Practitioner e Master Practitioner, certificada pela The Society of NLP e Coach.

O impacto da pandemia na vida das crianças

Assim como os adultos, as crianças tiveram que se adaptar a uma nova rotina durante a pandemia. Elas tiveram que lidar com o distanciamento da família e dos amigos, com medidas de higiene mais rígidas, com o ensino à distância, com algumas proibições, entre outras questões. Além disso, tiveram que lidar também com sentimentos até então desconhecidos pela maioria, como medo, angústia, estresse, frustração, ansiedade e em alguns casos até o luto.

Apesar de a taxa de mortalidade por COVID-19 ser menor na infância, a vida cotidiana dos pequenos também está sendo afetada pela situação do isolamento social. Muitas crianças têm tido dificuldade de concentração, irritabilidade, inquietação, sensação de tédio e solidão, e alterações no padrão de sono e de alimentação. Em geral, elas decorrem da sobrecarga das atividades do cotidiano e outras demandas dos próprios familiares.

Diante desse cenário, a psicóloga infantil, Rosana Cibok, alerta que os pais devem cuidar do tipo de informação que seus filhos estão consumindo, e isso se refere ao tipo de conversa que se tem dentro de casa, já que as crianças copiam modelos e reproduzem o que vêem, ouvem e sentem. “A maneira como os pais cuidam do ambiente familiar e do ambiente social da criança influencia diretamente uma mudança de comportamento. A criança a partir dos 3 anos de idade, por exemplo, já entende uma mudança de rotina e tem o entendimento do que é uma doença, portanto, as relações sociais devem ser preservadas de alguma forma”.

Rosana Cibok

Comunicadora Social formada pela Universidade São Judas (SP) | Pós-Graduação e MBA em Gestão pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) | Psicóloga (CRP 06/141653) | Hipnoterapeuta com certificação nacional e internacional | Practitioner e Master Practitioner, certificada pela The Society of NLP e Coach.

Cobranças, Julgamentos e Decisões

As preocupações da mulher que desempenha o papel de mãe, sem deixar de lado a carreira, em nossa sociedade

Muitas mães procuram terapia por sentirem-se culpadas, pensando estar terceirizando seus filhos. Com o término da licença maternidade, mulheres buscam o reconhecimento como mães de fato. Ao mesmo tempo que acreditam terem planejado suas vidas, pegam-se no dilema de terem que dividir o profissional e o pessoal.

Qual a melhor escolha? Deixar os filhos em um berçário/creche ou sob os cuidados de uma babá?

As preocupações giram em torno da violência, do tipo de abuso que a criança possa sofrer e da qualidade de atenção dispensada para a criação de apego (aqui falo de Apego Seguro e Apego Inseguro sob a luz da teoria de Bowbly, 1951).

Se for criado o apego inseguro, pode gerar conflitos futuros o que faria com que essas mães sentissem mais culpa. A ansiedade diante de estranhos e a ansiedade da separação também afetam as mães e são marcos emocionais e cognitivos importantes para o desenvolvimento da criança. Uma dica é que quanto mais atenciosa com seus bebês (apego seguro) melhor será a interação com outros, pois os bebês se sentirão mais seguros para os relacionamentos. Outra dica é fazer o processo de transição.

Caso o bebê vá ficar em berçário/creche, indica-se que várias sejam visitadas até que seja encontrado um projeto educativo compatível com os anseios dos pais e que se crie empatia com profissionais, acompanhando a qualidade da alimentação, higiene etc.. A interação com outras pessoas é vital. Colocar qualidade na criação e no convívio pode ser mais eficaz do que ter quantidade de tempo juntos.

A Terapia Cognitivo Comportamental, ajuda as mães a melhorarem a qualidade de seus pensamentos a fim de que tenham comportamentos mais funcionais e condizentes com as necessidades de seus filhos.

Rosana Cibok

Comunicadora Social formada pela Universidade São Judas (SP) | Pós-Graduação e MBA em Gestão pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) | Psicóloga (CRP 06/141653) | Hipnoterapeuta com certificação nacional e internacional | Practitioner e Master Practitioner, certificada pela The Society of NLP e Coach.